A segunda edição do prêmio Pictet de fotografia, patrocinado pelo banco suíço Pictet, teve como tema a sustentabilidade do planeta. As doze imagens finalistas divulgadas destacaram os efeitos prejudiciais da exploração dos recursos e que refletem os impactos de modelos de desenvolvimento insustentáveis em todo o mundo. O vencedor do prêmio receberá cerca de R$ 175 mil e será conhecido em 22 de outubro, em uma cerimônia com o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Muitos dos trabalhos publicados chamam atenção para a fonte de recursos que a sociedade consome diariamente sem questionar a origem. Como em uma série sobre pedreiras de mármore fotografadas pelo canadense Edward Burtynsky em Portugal, Itália e na Índia. Nela, o artista procura mostrar a frieza e solidão da "realidade longínqua das paisagens industriais" nestes lugares. O israelense Nadav Kandar quis mostrar a relação dinâmica do ser humano com as grandes construções na China. Sua série sobre os 6,5 mil quilômetros do rio Yangtze, ao longo do qual vivem mais pessoas que nos EUA, retratou famílias convivendo com os viadutos sombrios e o ar cinzento da cidade portuária de Chongqing.
Já o ciclo de consumo, destruição, violência e conflito político é explorado pelo canadense Christopher Anderson em sua série fotografada na Venezuela, que inclui canaviais e favelas. “Enquanto o agronegócio fatura, falta comida para grande parte da população”, diz o fotógrafo, que já foi indicado ao prestigiado prêmio Pulitzer de jornalismo. Outras obras de arte optam por instigar o debate através de uma representação mais abertamente subjetiva da realidade. O que parecem montanhas nas fotos do chinês Yao Lu são, na verdade, pilhas de lixo em poças de lama, subprodutos do desenvolvimento imobiliário acelerado em seu país.
Veja as doze fotos em http://www.prixpictet.com/2009/
Veja as doze fotos em http://www.prixpictet.com/2009/
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